ESTUDO DE EFEITOS FÍSICO-QUÍMICOS DA APLICAÇÃO DE COBERTURAS COMESTÍVEIS BIOPOLIMÉRICAS EM TOMATES NA PÓS-COLHEITA
Cobertura. Biopolímero. Polissacarídeo.Tomate. Pós-colheita
Coberturas biopliméricas à base de polissacarídeos vêm sendo estudadas como revestimentos para aplicação em frutos com o objetivo de estender sua vida prateleira, sem agredir o meio ambiente. Foram aplicadas coberturas mistas de quitosana, fécula de mandioca e xiloglucana de tamarindo em tomates nas concentrações de 0,75%, 1,5% e 3,0% de massa seca de biopolímero, com o objetivo de avaliar seus efeitos sobre propriedades físico-químicas, ou seja, a influência das coberturas no amadurecimento dos tomates. Constatou-se que a mistura binária de quitosana e fécula de mandioca provoca uma redução na taxa de perda de massa em tomates, sob quaisquer concentrações de matéria seca. O modelo Logístico foi o que melhor descreveu a evolução da cor em tomates recobertos com coberturas nas concentrações de 0,75% e 1,5%, enquanto o modelo de Gompertz foi o que melhor descreveu a evolução da cor para a concentração de 3,0%. As análises de ângulo de contato e de microscopia ótica mostraram que as coberturas biopoliméricas são hidrofílicas. Pela microscopia ótica ficou perceptível que o tratamento quitosana e fécula de mandioca (1:1) garantiu uma maior barreira á troca gasosa quando comparada às demais coberturas. Com relação às análises físico-químicas, o uso das coberturas praticamente não apresentou influência. É possível verificar que os processos metabólicos dos frutos submetidos aos tratamentos são tornados mais lentos, garantindo um aumento na vida de prateleira dos tomates, sendo que não há influência direta do uso de coberturas nas propriedades nutricionais. A cobertura de quitosana e fécula de mandioca (1:1) demonstrou-se a mais influente no retardo do amadurecimento de tomates, porém, apresentou alguns resultados discordantes da literatura relacionados às análises físico-químicas.