VIABILIDADE DO PLASMA FRIO ATMOSFÉRICO NA INATIVAÇÃO DA Alternaria sp.
descarga elétrica, antifúngico, antimicrobiano, dicloro, fungicida. |
Nesse estudo, tratamentos com tempos distintos, entre 1 e 15 minutos, foram utilizados para inativar o fungo Alternaria sp. isolado do mamão Formosa. Uma suspensão fúngica foi tratada a plasma frio atmosférico de corrente contínua. Foi produzida uma descarga elétrica com pulsos de tensão de 10 kV e 20 kV, repetidos a uma frequência de 15,5 kHz, aplicadas dentro de um tubo de ensaio contendo a suspensão de Alternaria sp. (5 x 10³ conídios.mL-1). A eficiência do tratamento a plasma foi comparada com a eficiência de um sanitizante (dicloro isocianurato de sódio 400 ppm) e de um fungicida (quaternário de amônio, 1000 ppm). A suspensão de Alternaria sp. foi analisada quanto ao seu pH e potencial de oxirredução (REDOX). Foi observada redução do pH e elevação do potencial redox proporcional ao tempo de tratamento e à demanda energética do plasma. A espectroscopia de emissão óptica (OES) foi empregada para identificar e monitorar as espécies presentes no sistema plasma-líquido. Verificou-se que o plasma foi mais eficiente do que o fungicida e comparável ao sanitizante. Tempos de aplicação de 3 min (20 kV) e 9 min (10 kV) foram suficientes para completa inativação dos fungos. Os resultados indicam que tratamentos a plasma possuem eficiência antifúngica e que esta fonte de energia é promissora na ciência dos alimentos.