INATIVAÇÃO POR PLASMA DBD DO COLLETOTRICHUM BREVISPORUM PRESENTE NA PÓS-COLHEITA DO MAMÃO
Mamão; fungo; Cera de carnaúba; Plasma.
O mamão (Carica papaya L.) pertence à família Caricácea, com características de elevada atividade de respiração, o que contribui significativamente para um amadurecimento rápido e para o desenvolvimento de patógenos em um curto período tempo na pós-colheita, reduzindo a sua qualidade. Nos processos pós-colheita eles são revestidos por soluções filmogênicas, principalmente lipídicas com uso associado de fungicidas. A cera de carnaúba é amplamente utilizada como revestimentos lipídicos nas empresas de beneficiamento de frutos, principalmente por promover a redução na perda de massa, taxa respiratória e proporcionar mais brilho. Entretanto por ela não apresentar propriedades antimicrobianas para evitar a ação de patógenos no fruto, sua eficiência é limitada. Em virtude disto, métodos alternativos de controle que aumentam a vida útil pós-colheita deste fruto vêm sendo estudados, como a utilização do plasma frio à pressão atmosférica. Este, quando aplicado aos frutos, apresenta a ação de reduzir ou até inativar a proliferação de microrganismos presentes no alimento. Neste sentido, este trabalho apresentou um estudo experimental in vitro com o objetivo de verificar ação do plasma frio à pressão atmosférica por descarga de barreira dielétrica (DBD), quanto a inativação de um dos principais fungos que se prolifera nos pós colheita do mamão, o Colletotrichum brevisporum, visando substituição ao uso de fungicidas, principalmente por não apresentar toxidade residual, e se a presença do revestimento de cera de carnaúba iria potencializar ou reduzir sua ação. Os parâmetros utilizados para aplicação do plasma foram 45Kv de tensão e 405 Hz de frequência. Como resultado, obteve-se inativação completa do crescimento do fungo, quando o plasma foi aplicado imediatamente após inocular a suspenção fúngica na placa de petri, bem como foi verificado que a presença do revestimento não influenciou na ação eficiente do plasma. A espectroscopia de emissão ótica (OES) caracterizou as espécies constituinte do plasma