Banca de DEFESA: PAULA DAYANE SILVA MAIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULA DAYANE SILVA MAIA
DATA : 29/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS ENTRE A CIANOBACTÉRIA Microcystis aeruginosa E DUAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS SUBMERSAS


PALAVRAS-CHAVES:

Biomanipulação. Cianobactéria. Competição. Macrófitas submersas. Sombreamento.


PÁGINAS: 66
RESUMO:

As altas concentrações de nitrogênio e fósforo em ecossistemas aquáticos estão entre as principais causas do desenvolvimento excessivo da proliferação de cianobactérias que favorecem o aumento da produtividade primária. Estudos relatando os efeitos alelopáticos de macrófitas sobre o fitoplâncton em ambientes naturais ainda são escassos, em razão de outros fatores, como limitação por luz e nutrientes, competição e herbivoria. O objetivo desse trabalho foi avaliar se as macrófitas aquáticas submersas, Egeria densa Planck e Ceratophyllum demersum L. limitam o crescimento da cianobactéria Microcystis aeruginosa. Foi utilizado nesse experimento ramos das macrófitas aquáticas submersas E. densa e C. demersum e a cepa tóxica da cianobactéria M. aeruginosa. Para avaliar se as duas espécies de macrófitas inibem o crescimento de M. aeruginosa nós realizamos um experimento utilizando as duas espécies e uma macrófita artificial. Os experimentos foram realizados com o auxílio de duas câmaras de germinação com condições laboratoriais controladas, temperatura de 28±2 °C, fotoperíodo 12:12h de ciclos claro/escuro e iluminação de 162 μmol m-2s-1. Os experimentos foram realizados em 3 etapas, cada etapa teve duração de 15 dias. Foram utilizados sete tratamentos com cinco réplicas cada. Os tratamentos visaram expor a cepa de M. aeruginosa à diferentes biomassas de macrófitas aquáticas (10 e 30 gramas de Massa Seca) e as amostras para quantificar a densidade das cianobactérias foram realizadas a cada três dias. Foi verificada a redução da biomassa de M. aeruginosa cultivada com E. densa e C. demersum, independentemente da biomassa das macrófitas. Já a redução da biomassa da cianobactéria não ocorreu nos tratamentos com a planta artificial. A biomassa de M. aeruginosa foi inibida desde o terceiro dia de experimento com as macrófitas até o final do experimento. E. densa e C. demersum reduziram significativamente as concentrações de fósforo total e nitrogênio total, apesar disso, este fator provavelmente não possa ter sido o mais importante para explicar a inibição do crescimento de M. aeruginosa, uma vez que nos tratamentos com apenas M. aeruginosa e com plantas artificiais foi observada pouca diminuição desses nutrientes. Foi observado nos tratamentos contendo plantas artificiais, em comparação com o controle, que as plantas artificiais inibiram o crescimento de M. aeruginosa em 13,8% e 14,9%, provavelmente devido ao sombreamento causado pelas plantas de plástico que podem ter diminuído disponibilidade de luz e, portanto, o crescimento da cianobactéria. A presença física das macrófitas aquáticas submersas inibiram o crescimento da cianobactéria M. aeruginosa nos primeiros dias de experimento, independentemente da biomassa das macrófitas, revelando a sensibilidade da cianobactéria em coexistir com essas duas espécies de macrófitas. A partir dos nossos resultados, tanto a alelopatia quanto o sombreamento parecem ser mecanismos potencialmente importantes que direcionam as interações ecológicas entre a cianobactéria M. aeruginosa e as macrófitas aquáticas E. densa e C. demersum.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - RENATA DE FÁTIMA PANOSSO
Presidente - ***.295.828-** - ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO - UNESP
Externa à Instituição - LAIS SAMIRA CORREIA NUNES
Notícia cadastrada em: 22/05/2023 17:50
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