Remediação de diclosulam no solo com o uso de espécies de adubo verde
Descontaminação; herbicida; fitorremediação; sulfoniluréia
O efeito residual prolongado de alguns herbicidas contribui para o controle de plantas daninhas por maior período, porém pode causar a intoxicação de espécies cultivadas sensíveis e o aumento do risco de contaminação ambiental. A técnica da fitorremediação pode contribuir para reduzir os impactos negativos do uso de herbicidas e permitir a descontaminação do solo. Neste estudo, investigou-se o potencial de três espécies de adubos verdes (Canavalia ensiformes (L.) DC., Cajanus cajan e Stilizobium aterrimum L.) para a remediação do diclosulam no solo. O experimento foi realizado em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 7 x 2, sendo no primeiro fator Antes do plantio das espécies de adubos verdes, os solos foram individualmente contaminados com o herbicida Spider®, utilizando a dose de 42 gramas de ingrediaente ativo por hectare. Aos 61 dias após semeadura das plantas, foram avaliadas a área foliar, número de folhas, altura, comprimento de raiz e matéria seca dos adubos verdes. A quantificação de diclosulam presente no solo foi realizada por cromatografia líquida de ultra alta performace (UHPLC). A espécie que proporcionou uma maior taxa de remediação do diclosulam no solo avaliado foi a S. aterrimum com concentração 18.33% menor que o tratamento controle, seguido das espécies C. cajan com 17.34%, C. ensiformes com 17.08%, C. ensiformes + S. aterrimum + C. cajan com 16.27%, C. cajan + S. aterrimum com 16,08% e no consorcio de C. ensiformes + C. cajan com 13.82%. Esses resultados enfatizam que a remediação de solos contaminados com diclosulam é otimizada com o cultivo de adubos verdes, porém a eficiência da descontaminação depende da espécie ou arranjo escolhido.