PPMSA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MANEJO DE SOLO E ÁGUA PROGRAMAS DE PÓS-GRADUACAO - CCA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: TALITA DANTAS PEDROSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TALITA DANTAS PEDROSA
DATA : 14/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet (meet.google.com/xfk-ibot-rwi)
TÍTULO:

USO DE EFLUENTE DA AQUICULTURA NO CULTIVO E AVALIAÇÃO MORFOMÉTRICA DE Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO e ARTIGO 2: CULTIVO DA PALMA FORRAGEIRA COM DILUIÇÕES DE EFLUENTE DA AQUICULTURA: ALTERAÇÕES QUÍMICAS NO SOLO


PALAVRAS-CHAVES:

Artigo 1: semiárido, água residuária, reúso na agricultura, palma, forragem e Artigo 2: reúso, semiárido, solo, água residuária, salinidade.


PÁGINAS: 108
RESUMO:

RESUMO ARTIGO 1
A escassez hídrica, insegurança alimentar e metas da Agenda 2030 são fatores que estimulam o uso agrícola de efluentes da aquicultura no semiárido brasileiro. Estes empreendimentos geram grandes volumes de efluentes com aportes expressivos de N e P, ao mesmo tempo em que a agricultura irrigada é responsável por 70% do consumo de água doce no mundo. Assim, o uso racional de efluentes da aquicultura na produção de palma forrageira proporciona fonte de alimento para ruminantes, principalmente nas estiagens prolongadas, minimiza a poluição ambiental e fortalece os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável n° 6 e 14. Com isso, objetivou-se, com o presente estudo, avaliar as características morfométricas e produtivas da palma forrageira miúda (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck) irrigada com diluições de efluente da aquicultura (EA) em água de abastecimento (AA). A instalação do experimento ocorreu em 20 de outubro de 2021, na Unidade Experimental de Reúso de Água, localizada nas dependências da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró-RN, Brasil. O experimento foi montado no Delineamento em Blocos Casualizados com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram representados pelas cinco diluições (D1 – 100% de AA – controle; D2 – 75% de AA em 25% de EA; D3 – 50% de AA em 50% de EA; D4 – 25% de AA em 75% de EA; e D5 – 100% de EA). A palma forrageira miúda foi irrigada, semanalmente durante 365 dias, sendo a lâmina bruta obtida com base na evapotranspiração da cultura (ETc). Durante o período experimental foi realizada a caracterização físico-química das diluições (Demanda Bioquímica de Oxigênio, Demanda Química de Oxigênio, pH, Ca2+, Mg2+, CO32-, HCO3-, NTK, P, K+, condutividade elétrica, Na+, razão de adsorção de sódio (RAS), Fe+, Mn+, Cu2+, Zn2+, Cr, Ni e Pb) e a avaliação dos parâmetros de produção e desenvolvimento da palma forrageira miúda (altura da planta, largura da planta, número, ordem, comprimento, diâmetro, perímetro, espessura dos cladódios, fitomassas frescas e secas da parte aérea e das raízes). Com parte de dados estimou-se a área ocupada (Aop), o volume fresco de fitomassa aérea (Vf) e o peso fresco da fitomassa aérea produzido pela palma forrageira (Pf). Os parâmetros morfométricos foram submetidos a ANOVA (p < 0,05), teste de identidade de modelos (p > 0,95) e teste de média Dunnett (p < 0,05). Na diluição D5 as variáveis, Na+, RAS e Mn+ apresentaram concentrações acima dos limites considerados adequados de qualidade da água para irrigação, atendendo ao padrão nas demais diluições. Quanto as concentrações de CO3-2, Mg2+ e condutividade elétrica, observou-se que o teor de CO3-2 ultrapassa o padrão de qualidade em todas as diluições, o mesmo foi observado para Mg2+ e condutividade elétrica, a partir da diluição D2 e D3 respectivamente. As variações nas diluições do efluente de aquicultura em água de abastecimento não proporcionaram diferença no teor de umidade da planta. A substituição da água de abastecimento em até 25% pelo efluente da aquicultura (D2) permitiu produtividade de matéria seca total e matéria fresca da parte aérea similar ao controle e maior que as demais diluições, bem como foi a diluição que mais favoreceu o desenvolvimento morfométrico da palma forrageira miúda.

RESUMO ARTIGO 2
Com o cenário de escassez hídrica na região semiárida do Brasil, têm-se intensificado o uso de águas residuárias na agricultura, na tentativa de atenuar os problemas ligados a baixa disponibilidade hídrica. Na maioria das vezes o efluente de aquicultura surge como uma alternativa para o reúso, visto que sua geração é expressiva e apresenta alta demanda química e bioquímica de oxigênio e alto teor de proteína, nitrogênio e fósforo. No entanto seu uso deve ser criterioso, a fim de evitar prejuízos à qualidade ambiental do solo, seja pela incorporação de poluentes químicos, metais pesados ou sais. Objetivou-se, avaliar as alterações de ordem química de um Argissolo Vermelho Amarelo irrigado com diluições de efluente da aquicultura (EA) em água de abastecimento (AA). A instalação do experimento ocorreu em 20 de outubro de 2021, na Unidade Experimental de Reúso de Água, localizada nas dependências da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró-RN, Brasil. O experimento foi montado no Delineamento em Blocos Casualizados com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram representados pelas cinco diluições (D1 – 100% de AA – controle; D2 – 75% de AA em 25% de EA; D3 – 50% de AA em 50% de EA; D4 – 25% de AA em 75% de EA; e D5 – 100% de EA). A palma forrageira miúda foi irrigada, semanalmente durante 365 dias, sendo a lâmina bruta obtida com base na evapotranspiração da cultura (ETc). Durante o período experimental foi realizada a caracterização físico-química das diluições do efluente a cada 60 dias (Demanda Bioquímica de Oxigênio, Demanda Química de Oxigênio, pH, Ca2+, Mg2+, CO32-, HCO3-, CSR, NTK, P, K+, condutividade elétrica, Na+, razão de adsorção de sódio, Fe, Mn, Cu, Zn, Cr, Ni e Pb) e a caracterização inicial e final do solo nas camadas de 0,0-0,20 e 0,20-0,40 m (pH, CE, matéria orgânica, Ca2+, Mg2+, K+, Na+, P, Mn, Fe+, Zn2+. Adicionalmente calculou-se a capacidade de troca catiônica e o percentual de sódio trocável. Os dados da caracterização do solo ao final do experimento foram submetidos à análise por meio da estatística multivariada, com elaboração de matriz de correlação (p ≤ 0,05), análise de componentes principais, análise de Cluster e análise fatorial (p > 0,7). As diluições contendo maior proporção de EA em AA, sobretudo D5, foram as que evidenciaram alterações químicas no solo mais significativas. As diluições D4 e principalmente D5, proporcionaram aumento de N, Zn2+, Ca2+, Mg2+, Na+, PST e Mn na camada de 0,0-0,20 m. No entanto, houve redução nos teores de P e K+. Embora a diluição D5 tenha aumentado a CEes e a CTC do solo, não evidenciou aumento significativo ao final do experimento. Apesar da diluição D5 apresentar concentração de Na+ que ultrapassa o valor padrão de acordo a resolução COEMA nº 02/2017 e CE que ultrapassa o valor crítico referente à qualidade da água de irrigação proposto pela Embrapa, a partir de D3, ainda assim não foi observado risco de tornar o solo salino, salino-sódico ou sódico pelo uso de D5. A PST máxima encontrada foi de 10% para o solo irrigado com D5 na camada de 0,0-0,20 m. Houve aumento significativo de Fe, Zn2+ e Mn no solo, tendo ultrapassado os limites propostos pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. O uso das diluições contendo 100% de AA (D1) e 25% de EA em 75% de AA (D2) podem ser as alternativas mais viáveis para o suprimento de água na irrigação da palma forrageira com alterações nas características químicas do solo não significativas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1753199 - RAFAEL OLIVEIRA BATISTA
Externa à Instituição - KALINE DANTAS TRAVASSOS - PESQUISADOR
Externa à Instituição - PHÂMELLA KALLINY PEREIRA FARIAS - PESQUISADOR
Externa à Instituição - SOLERNE CAMINHA COSTA
Notícia cadastrada em: 31/08/2023 11:00
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