ESTIMATIVA DO POTENCIAL NATURAL DE EROSÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DE CONTRIBUIÇÃO DO RESERVATÓRIO DE UMARI-RN
EUPS; geoprocessamento; potencial erosivo; recursos hídricos.
A erosão do solo é um sério problema ambiental em regiões com influência antrópica e gestão agrícola inadequada. No Estado do Rio Grande do Norte (RN), o clima semiárido, a topografia acidentada e práticas humanas inadequadas intensificam a erosão hídrica, principalmente em áreas agrícolas. A erosão causa perda de solo fértil, contaminação de rios, assoreamento de corpos d'água e aumenta os riscos de enchentes. O presente estudo se concentra na estimativa do potencial natural de erosão da Bacia Hidrográfica de contribuição do reservatório de Umari-RN. Essa bacia apresenta problemas de erosão e assoreamento, afetando a qualidade ambiental e a produção local. Para estimar o potencial de erosão, foram aplicados modelos matemáticos considerando mudanças no uso da terra na bacia. O estudo visa caracterizar a bacia, avaliar a dinâmica de erosão e a perda de solos através da Equação Universal de Perda de Solo (EUPS) e do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Isso possibilita o planejamento ambiental e a implantação de práticas de conservação do solo e água na região em estudo. Os resultados encontrados mostram que a bacia de contribuição do reservatório Umari apresenta formato alongado, baixa tendência a enchentes e cheias grandes e é classificada como de 6ª ordem, bem ramificada. Essas características favorecem a conservação e preservação da bacia. O uso do SIG, especificamente o QGIS, para mapear perda de solo, mostrou-se eficiente para estimar a erosão laminar em grandes áreas. Essa abordagem acessível e gratuita forneceu resultados comparáveis a outros estudos. A perda média anual de solo na área estudada variou entre 10 e 15,0 t ha-1 ano-1. A presença de solo exposto revelou práticas agropecuárias inadequadas, aumentando o risco de assoreamento. Esses resultados embasam o planejamento ambiental e a gestão de recursos hídricos. Levando em conta a perda média anual de solo, a estimativa da vida útil do reservatório foi de aproximadamente 295 anos desde sua construção, restando atualmente cerca de 275 anos. O estudo mostrou-se eficaz na obtenção de informações relevantes para o gerenciamento do reservatório e da bacia de contribuição, auxiliando na conservação do solo, na preservação dos recursos hídricos e na adoção de práticas sustentáveis na região estudada.