PPMSA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MANEJO DE SOLO E ÁGUA PROGRAMAS DE PÓS-GRADUACAO - CCA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MARIA VALDETE DA COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA VALDETE DA COSTA
DATA : 20/07/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula do prédio do LASAP
TÍTULO:

USO AGROAMBIENTAL DO GESSO MARINHO PROVENIENTE DA INDÚSTRIA SALINEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

gesso marinho; solos ácidos arenosos; solos sódicos argilosos; lixiviação de nutrientes; fertilidade do solo; qualidade de frutos de melão


PÁGINAS: 85
RESUMO:

O gesso marinho (GM) é um subproduto obtido no processo de evaporação do sal marinho. Sem estudos prévios, esse material é muitas vezes descartado no solo, no mar ou no rio. Diante disso e visando equilibrar as necessidades ambientais, sociais e econômicas, é que se sugere como alternativa o uso do gesso marinho como fertilizante de culturas agrícolas ou como componente do programa de reabilitação de solo sódicos no semiárido. Para verificar sua eficácia foram implantados dois experimentos na Universidade Federal Rural do Semi-Árido em Mossoró-RN. No primeiro experimento, objetivou-se analisar as características químicas, mineralógicas e micromorfológica do gesso marinho, bem como avaliar o efeito de diferentes doses e granulometrias nos teores de nutrientes do solo e no lixiviado em solos sódicos argilosos (Neossolo Flúvico) e ácidos arenosos (Latossolo Vermelho). O experimento foi montado em colunas de PVC com 4,7 cm de diâmetro e 20 cm de altura, em que foram adicionados 14 tratamentos: solo sem adição de tratamento como controle, o gesso agrícola (GA) como fonte comparativa e 12 tratamentos de gesso marinho variando a dose recomendada-DR (50, 100 e 200%) e a granulometria (16, 20, 30 e 40 mesh). O GM apresentou maiores teores de cálcio, magnésio e sulfato, enquanto o GA mais potássio e sódio. Quanto ao risco ambiental, não há restrição quanto ao uso de GM no solo, pois detectou-se baixos teores de metais pesados e micronutrientes. Por microscopia eletrônica de varredura visualizou-se que GM possui partículas de 2 mm, de tamanho intermediário, regulares, compactas e com placas sobrepostas e mineralogia predominante de gipsita. Para solos arenosos e ácidos o GM, na mesma dose do GA, é recomendado como fonte de cálcio e sulfato para o solo, sendo eficiente na translocação vertical de nutrientes catiônicos (Ca+2, Mg+2, K+ e Na+) e aniônico (S-SO4-2), e no solo aumenta os teores Ca+2 trocável semelhante ao GA, sendo mais eficiente na redução do sódio trocável. Todavia, em doses muito alta (200%), pode induzir a deficiência de Mg+2 e K+, devido ao estímulo à lixiviação. Já como parte do programa de reabilitação de solos sódicos argilosos, o gesso marinho (100% e 200% DR) foi tão eficiente quanto o gesso agrícola, no aumento da lixiviação dos nutrientes catiônicos (Ca+2, Mg+2, K+ e Na+) e aniônico (S-SO4-2). Em contrapartida, ao dobrar a dose do GM para 200% da dose recomendada com granulometria mais fina (40 mesh), houve maiores lixiviações de Ca+2 e Na+ para o extrato percolado. No solo, o GM nas doses maiores que 50% da dose recomendada, foi mais eficiente que GA na redução do pH, no aumento dos teores de Mg+2 e K+, e na redução dos teores de Na+ trocável do solo. O segundo experimento, objetivou analisar o efeito de doses de GM no aumento da fertilidade do solo, absorção de nutrientes, produção e qualidade de frutos de melão em solo arenoso na região semiárida. O experimento foi montado em coluna de PVC com capacidade de 11 dm3 em casa de vegetação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 4 repetições, sendo avaliados 5 tratamentos, contando com uma testemunha (solo sem tratamento), GA (para efeito comparativo) e o GM (50, 100 e 200%) da dose recomendada. A fertilização com GM foi essencial para melhoria da fertilidade de Neossolos Quartzarênicos arenosos, especialmente em relação ao aumento dos teores de cálcio e sulfato no solo, semelhante ao GA na dose 100% recomendada. O GM também auxiliou na absorção de Ca e S-SO4-2 em plantas de melão, embora necessite atenção, pois doses elevadas (GM 200% DR), reduz o teor de Mg2+ na planta no período inicial da cultura. Neste experimento, o gesso marinho é uma fonte satisfatória para a produção e qualidade na pós-colheita dos frutos de melão do tipo Cantaloupe Americano híbrido ‘Ranger’ com comportamento similar ao gesso agrícola.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1780797 - EULENE FRANCISCO DA SILVA
Externo ao Programa - 1085633 - FRANCISCO VANIES DA SILVA SA - nullPresidente - ***.486.364-** - JOSE FRANCISMAR DE MEDEIROS - UFERSA
Externo à Instituição - JOSINALDO LOPES ARAÚJO ROCHA
Externa à Instituição - LIDIANE ARAUJO VIEIRA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 13/07/2023 17:25
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