Banca de QUALIFICAÇÃO: RUDAH MARQUES MANIÇOBA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RUDAH MARQUES MANIÇOBA
DATA: 20/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Laboratório de Instrumentação, Meteorologia e Climatologia
TÍTULO:

RESPOSTA DO ALGODOEIRO SOB DÉFICIT HÍDRICO DURANTE O CICLO FENOLÓGICO - TEMPERATURA DO DOSSEL E GRAUS DIAS ACUMULADOS EM ALGODOEIRO SOB DÉFICIT HÍDRICO

PALAVRAS-CHAVES:

1) Déficit hídrico, Algodão, Semiárido.

2) Irrigação, Termometria por infravermelho, Ciclo fenológico, Estresse.

PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

Objetivou-se avaliar o efeito do déficit hídrico, aplicado em diferentes fases fenológicas, sobre os componentes de produção, a produtividade do algodão e a eficiência do uso da água. O experimento foi conduzido de junho a novembro de 2016, na Estação Experimental da EMPARN – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, localizada na cidade de Apodi (RN) disposto em parcelas subdivididas com quatro períodos de déficit hídrico (Primeiros botões florais, Inicio do florescimento, Pico do florescimento, Abertura dos capulhos), além do tratamento controle (sem déficit hídrico), e quatro cultivares de algodoeiro (BRS 368 RF, BRS 336, BRS 432 B2RF, BRS 430 B2RF), em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Foram avaliadas a produtividade, a percentagem e a qualidade das fibras do algodoeiro. Houve diferença significativa para as características avaliadas entre as cultivares e os períodos de déficit hídrico. O déficit hídrico durante as fases de início da abertura das flores (IF) e enchimento das maçãs (PF) foram as mais prejudiciais aos componentes de produção das culturas e índices de qualidade de fibra. As cultivares BRS 432 B2RF e BRS 368RF apresentaram componentes da produção superiores aos obtidos nas cultivares BRS 430 B2RF e BRS 336. De forma geral, a redução na qualidade da fibra não foi severa, haja vista a fibra produzida está dentro da faixa de qualidade aceitável pela indústria têxtil nacional, mesmo em condições de déficit hídrico, com exceção do alongamento a ruptura. Dessa forma, a decisão em irrigar o algodoeiro com ou sem déficit hídrico é válida, e dependerá dos custos da irrigação e do valor de mercado do produto.


A temperatura do dossel é um dos melhores assimiladores da saúde das plantas, é considerada uma alternativa eficaz de diagnóstico do potencial hídrico da mesma, e tem sido usada com sucesso para o manejo da irrigação. O objetivo deste estudo foi avaliar, através da termometria a infravermelho, a temperatura do dossel do algodoeiro sob déficit hídrico em diferentes estágios fenológicos e determinar os graus dias acumulados através da temperatura do dossel. A temperatura do dossel foi obtida usando sensores sem fio de temperatura infravermelho SmartCrop®. Foram aplicados períodos de déficit hídrico de 15 dias nos seguintes estágios fenológicos: Primeiros botões florais, Início do florescimento, Pico do florescimento e Abertura dos capulhos, além testemunha irrigada sem déficit hídrico. De acordo com os resultados, durante os períodos de déficit hídrico a temperatura do dossel esteve sempre acima da temperatura ótima para o metabolismo do algodoeiro, e sempre maiores quando comparadas a testemunha. Devido ao déficit hídrico, a produtividade do algodoeiro foi significantemente reduzida, com os piores resultados para o déficit aplicado durante o florescimento (início e pico). Os graus dia acumulados variaram em função do estresse hídrico, com as plantas completando seu ciclo mais precocemente. O período de espessamento das fibras foi influenciado pela variação na temperatura do dossel devido ao estresse hídrico, resultando na redução da produtividade e podendo refletir em declínio da qualidade da fibra.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 396313 - JOSE ESPINOLA SOBRINHO
Interno - 273.486.364-20 - JOSE FRANCISMAR DE MEDEIROS - UFERSA
Interno - 2585705 - VLADIMIR BATISTA FIGUEIREDO