CARACTERIZAÇÃO E USO DE SOLOS REPRESENTATIVOS DO AGROPÓLO MOSSORÓ-ASSU
Gênese do solo, Aptidão agrícola, Semiárido
No entendimento do manejo mais adequado, se faz necessário o levantamento do tipo de solo que uma região possui. Desse modo, uma classificação constante das classes de solo se faz necessária para que os diversos usos agrícolas sejam analisados e estabelecidos da forma mais adequada. O estado do Rio Grande Do Norte possui uma das maiores produções de frutas, hortaliças e grãos, que está localizado no Agropólo Mossoró-Assu, inserida na Mesorregião do Oeste Potiguar, que faz parte do embasamento cristalino e sedimentar do estado, das formações Arenito Açu e Calcário Jandaíra. Com isso o objetivo desse trabalho foi caracterizar os solos representativos da região do Agropólo Mossoró-Assu e definir a aptidão agrícola de tais áreas, como também compreender a gênese dos solos representativos do da área. Foram realizadas analises morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas dos perfis representativos que compõem o Agropólo Mossoró-Assu. Dos perfis estudados foram classificadas quatro classes de solos: Latossolo, Cambissolo, Neossolo e Chernossolo. Ao observar os atributos morfológicos, percebeu-se que houve grande influencia do fator material de origem, na distinção das principais classes de solo encontradas no estudo. A classificação textural dos solos avaliados variou de arenoso a argiloso, devido ao material de origem e aos diferentes processos de formação dos solos. A maioria dos perfis de solos apresentaram saturação por bases alta, contudo apenas o perfil de Latossolo apresentou baixa saturação por bases em todos os seus horizontes, devido ao intenso processo de intemperização, tornando o solo pobre quimicamente. Na fração mineralógica do solo a maioria dos perfis foram classificados como hipoférrico, somente o Cambissolo (perfil 3) apresentou caráter mesoférrico, o perfil de Latossolo apresentou a maior quantidade de ferro cristalino e a menor quantidade de ferro amorfo, já nos perfis de Neossolo as quantidades de ferro amorfo se encontram próximas ao cristalino, evidenciando ainda mais que o processo de intemperização é o fator que interfere diretamente na quantidade de óxidos de ferro dos perfis. Para a classificação da aptidão agrícola de todos os perfis se mostraram aptos para o uso agrícola.