ESTIMATIVA DO BALANÇO DE RADIAÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR VIA SENSORIAMENTO REMOTO ORBITAL USANDO O MODELO SEBAL EM IMAGENS MODIS, PARA FINS DE IRRIGAÇÃO
Fluxo radiativo; evapotranspiração; saldo de radiação.
No Brasil há uma grande irregularidade ou inexistência de dados de radiação, que acaba comprometendo diversos estudos. Associado a isso, está o problema com os dados obtidos devido a erros instrumentais oriundos da baixa sensibilidade dos sensores e da falta de calibração dos mesmos que compromete a precisão das medições radiométricas. Desta forma, o emprego de técnicas de sensoriamento remoto apresenta-se como um campo promissor, com a vantagem da determinação dos componentes do balanço de radiação com grande cobertura espacial de forma rápida e precisa e, juntamente com dados de superfície têm sido indispensáveis na aplicação de modelos e algoritmos destinados à estimativa dos componentes do balanço de energia à superfície e da evapotranspiração em várias escalas de tempo e espaço, sendo este o principal fator a ser considerado na estimativa das necessidades hídricas da cultura. O objetivo deste projeto de pesquisa foi determinar os componentes do balanço de radiação em área de cana-de-açúcar a partir de dados MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) inseridos no modelo SEBAL (Surface Energy Balance Algorithm for Land) e validá-los com dados obtidos à superfície em área produtiva de cana-de-açúcar irrigada pertencente à empresa Agroindústrias do Vale do São Francisco S.A – Agrovale no município de Juazeiro – BA. Observou-se não haver nenhuma condição atípica no comportamento dos termos do balanço de radiação obtidos à superfície, quando se consideraram os diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, embora os valores absolutos dos termos tenham sido diferentes. Para o estudo em questão ficou evidente a relação entre o albedo medido pela torre e o IAF, ou seja, o albedo tendeu a aumentar com o desenvolvimento da cultura devido ao aumento da cobertura do solo. O mesmo não foi possível observar com o albedo obtido a partir de imagens MODIS, que nesse estudo aumentou da fase I para a fase II, caiu na fase III e voltou a subir na fase IV. Os maiores erros foram encontrados na estimativa do albedo para todos os dias estudados.