SANITIZAÇÃO E DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS DA CAATINGA
Fungos endofíticos. Caatinga. Sementes nativas. Gás ozônio. Recuperação de Áreas Degradadas.
As florestas da Caatinga, no Brasil, enfrentam ameaças significativas devido, especialmente, à atividade antrópica. Nesse contexto, a restauração de áreas degradadas e a conservação dos recursos naturais tornam-se urgentes para garantir a preservação e a sustentabilidade nas comunidades locais. A disponibilidade de sementes de qualidade desempenha um papel crucial no sucesso das técnicas de recuperação. No entanto, a falta de informações sobre tratamentos de sanidade para sementes florestais nativas torna a restauração dessas áreas ainda mais desafiadora. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo avaliar a utilização e tempo de exposição do gás ozônio na sanitização e no desempenho fisiológico das sementes florestais nativas da Jurema-preta (Mimosa tenuiflora Willd.), Jurema-branca (Piptadenia stipulacea Benth.), Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), Catanduva (Piptadenia moniliformis Benth.) e Catingueira (Cenostigma pyramidale Tul.) do Parque Nacional da Furna Feia. A pesquisa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas, em particular os ODS 13 e 15, que buscam combater as mudanças climáticas, proteger os ecossistemas terrestres e promover o uso sustentável dos recursos naturais. A coleta das sementes ocorrerá no Parque Nacional da Furna Feia, onde os frutos maduros serão coletados diretamente das árvores selecionadas e levadas para o Laboratório de Análise de Sementes da UFERSA, onde serão avaliados o comprimento, largura, e espessura dos frutos e das sementes serão determinados com auxílio de um paquímetro digital com precisão de 0,01 mm, sendo utilizada uma amostra de 100 frutos e 100 sementes, para cada espécie. As sementes das espécies florestais serão expostas a um ambiente com ozônio pelos períodos de 30, 60, 90 e 120 minutos, em um fluxo de 2g/h de ozônio, e controle, em que serão avaliados a emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência. O isolamento dos fungos endofíticos será realizado no Laboratório de Biotecnologia de Fungos da UFERSA, onde serão utilizadas 50 sementes de cada espécie florestal. As sementes serão submetidas a desinfecção superficial e inoculação em meio Batata Dextrose Ágar.