EXTRATO PIROLENHOSO DE Mimosa tenuiflora NO PÓS-DIPPING DE CABRAS LEITEIRAS
Ácido pirolenhoso; Plantas nativas; Sanidade animal; Caprinocultura leiteira
O bioma Caatinga possui flora com características peculiares capazes de suportar adversidades, além de sua ampla utilização, como a Jurema preta (Mimosa tenuiflora), uma das plantas nativas mais conhecidas e utilizadas inclusive na fabricação do carvão vegetal que, no processo, pode ainda fornecer o extrato pirolenhoso. Esse subproduto possui ampla utilização na agricultura como, desinfetante, possuindo ação antimicrobiana contra diversos patógenos, portanto este projeto de pesquisa investigará o potencial antimicrobiano do extrato pirolenhoso dessa planta como antisséptico nos tetos de cabras leiteiras. Serão coletadas amostras da superfície dos tetos de cabras para identificação dos micro-organismos por citologia morfotintorial e provas bioquímicas, e análise da susceptibilidade por microdiluição em placas com o teste ANOVA, seguido do teste de Tukey com 5% probabilidade. Para avaliar a toxicidade do extrato serão utilizados Arthemias salinas com determinação da DL50. No teste in vivo, será realizado o delineamento inteiramente casualizado, com três grupos de 5 animais cada, o primeiro com o antisséptico de extrato pirolenhoso de Mimosa tenuiflora, o segundo como controle positivo (Iodo 2%) e o terceiro como controle negativo (água destilada estéril), aplicados durante 28 dias consecutivos com coletas a cada 7 dias, analisados pelo teste de Kruskal-Wallis com 5% probabilidade. E serão aplicadas 384 entrevistas em oito assentamentos sobre o uso de extrato pirolenhoso com estatística descritiva para conhecimento da população sobre o extrato em estudo. Acredita-se que os resultados do presente estudo promovam o desenvolvimento de produtos naturais atrelado a práticas pecuárias de pequenos produtores da região.