Banca de DEFESA: JOSÉ HAMILTON RIBEIRO ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ HAMILTON RIBEIRO ANDRADE
DATA: 27/01/2016
HORA: 08:30
LOCAL: Laboratório de Biotecnologia
TÍTULO:

DINÂMICA DE MARGENS EM RIOS SEMIÁRIDOS: APLICAÇÕES METODOLÓGICAS NO RIO JAGUARIBE – CEARÁ - BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Erosão Marginal; Dinâmica Fluvial; Rio Jaguaribe.


PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A erosão das margens de um rio é um fenômeno natural, sendo o mesmo muito dinâmico e passível de ser acelerado pelas atividades humanas. O entendimento da erosão marginal é fundamental, para os estudos relacionados a geomorfologia fluvial, pois além de proporcionar desequilíbrios ambientais, este processo pode acarretar problemas de ordem social e econômica.  A maioria dos estudos sobre erosão de margens foram desenvolvidos em rios de regiões temperadas e em rios de pequenas bacias de drenagem, no território brasileiros alguns trabalhos foram realizados na bacia do rio Paraná, em regiões semiáridas, como é o caso da região do Nordeste brasileiros, poucos trabalhos nesta linha foram desenvolvidos. Em rios situados em regiões semiáridos, os processos erosivos são observados com maior magnitude em épocas de chuvas acima da média, o que favorece a ocorrência do nível de margens plenas, contribuindo, para o alargamento do canal. Isto é completamente diferente dos rios localizados em regiões mais úmidas no qual as vazões e precipitações são mais regulares, desta forma o alargamento do rio é mais frequente. O presente estudo tem como objetivo analisar a dinâmica dos processos de erosão de margens no rio Jaguaribe, no seu baixo curso, precisamente no município de Quixeré. O rio Jaguaribe é um dos principais mananciais do Estado do Ceará, o mesmo é um rio semiárido e apresenta suas vazões controladas por açudes. Para isto foram selecionadas ao longo de um trecho de 10 km do rio nove seções que foram agrupadas em três tipos áreas, ou seja, áreas conservadas, áreas parcialmente conservadas e áreas degradadas. Os recuos das margens monitoradas foram acompanhados mensalmente, através do método dos pinos. Também foram coletadas amostras de solo para determinar a densidade de raiz nas margens, além da aplicação de um teste de Infiltração baseado em Maia (2014). Imagens de satélite de 1980 e 2014 foram trabalhadas para verificações dos usos e ocupação do solo na área de estudo, e analisar as mudanças morfológicas do rio. Os resultados obtidos mostram que o volume erodido nas seções monitoradas foi considerado baixo, as áreas degradadas apresentam maiores volumes erodidos, comparadas as áreas conservadas e parcialmente conservadas. Para o período avaliado (junho/2014 a maio/2015) a principal condicionante responsável pela erosão marginal foram as precipitações, mesmo estas terem ficado abaixo da média histórica. As vazões e a variação do nível do rio não foram determinantes para erosão no período estudado.  Entre os usos observados na planície fluvial, as pastagens e agricultura irrigada se destacam, suprimindo a vegetação ciliar que atua na estabilidade das margens. Os principais processos erosivos observados no trecho em estudo foram a erosão laminar das margens, a corrosão, desmoronamento por cisalhamento e o desmoronamento por basculamento. Com isso, verificou-se que a vegetação ciliar contribui fortemente na estabilidade das margens, minimizando os processos erosivos. As baixas taxas erosivas estão relacionadas as reduzidas precipitações ocorridas na área, podendo apresentar volumes bem elevados em anos mais chuvosos e com vazões mais elevadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDREA ALMEIDA CAVALCANTE - UECE
Presidente - 2459030 - CELSEMY ELEUTERIO MAIA
Interno - 2528342 - ELIS REGINA COSTA DE MORAIS
Notícia cadastrada em: 18/12/2015 11:26
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