Banca de DEFESA: VICENTE CELESTE DE OLIVEIRA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VICENTE CELESTE DE OLIVEIRA JUNIOR
DATA: 21/12/2015
HORA: 10:00
LOCAL: MINIAUDITÓRIO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
TÍTULO:

AUTONARRATIVAS E MODOS DE EN-AGIR EM EDUCAÇÃO, SAÚDE MENTAL E DIREITO: EXPERIÊNCIA DAS FAMÍLIAS DOS JOVENS PARTICIPANTES DO PROGRAMA OFICINANDO EM REDE DE MOSSORÓ


PALAVRAS-CHAVES:

Doença mental, pessoas com necessidades especiais, mães, relações familiares.


PÁGINAS: 32
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A presente pesquisa interage diretamente com o tema da Educação Inclusiva, seu cerne é a autonarrativa em que se considera que os diferentes mundos que produzimos ocorrem no linguajear. É um modo de pesquisar que tem tomado relevo nos últimos anos. Observar com o cuidado de buscar apreender os movimentos, as ações que os sujeitos coordenam em um percurso de produção constituiu nossa pesquisa. O locus da nossa investigação foi o Centro de Atendimento Psicossocial da Criança e do Adolescente – CAPSi – Mossoró, um estudo que acontece em perspectiva transdisciplinar, situado no campo Multisdiciplinar das Ciências Ambientais, ao considerar uma  problemática que interage com a conservação da vida de um dos seres vivos no ambiente, o ser humano, ser este que vive e sofre as consequências do que somos capazes de produzir como modos de existência linguajeando. O recorte que fazemos está nas autonarrativas produzidas por diferentes sujeitos em um programa de extensão que ocorre desde 2010 no CAPSi de Mossoró. Os sujeitos são bolsistas do Programa e a coordenadora que integram o coletivo da pesquisa e as ações na linguagem envolvem gestos, palavras, dispositivos de poder e de saber que configuram as realidades que produzimos no transcurso da experiência. A equipe integrante da pesquisa gentilmente nos cedeu diários de bordo tecidos em encontros com familiares de jovens do CAPSi. A autonarrativa tem por finalidade a construção de um texto a partir dos fatos vividos pelo autor, o modo como exerce a função observador de um percurso vivido por outrem, em suma, é uma construção dos indivíduos narrados por suas ações, omissões, modos de ver, pensar, sentir e agir de per si. A metodologia autonarrativa pautada na observação da própria prática e seguida de interlocução e reflexão teórica da subjetivação dos sujeitos constitui o modo de vida na dimensão cognitiva de seres autopoiéticos, no caso dos seres humanos, que tecem modos de existência linguajeando. Os teóricos que nos acompanham nos nossos estudos e investigação científica, discutem, dialogam nessa perspectiva e aqui destacamos: Humberto Maturana, Francisco Varela, Mário Osório Marques, Nize Pellanda, Cláudia Freitas, Edgar Morin, Michel Foucault e Paulo Freire. A pesquisa tem como fundamento teórico a ética como modo de “en-agir”, expressão que reconstruímos com base no conceito de “enação” desenvolvido pelo brilhante cientista, biólogo e filósofo, Francisco Varela, em suas reflexões sobre o – conhecimento -. Pudemos compreender que as narrativas das famílias envolvem sofrimentos, combates, desânimos e muito pesar pela vida que levam junto aos seus filhos com transtorno de desenvolvimento. Não sentem/vivem percursos em que possam interagir com mudanças, evoluções, ao considerarmos as dimensões da ação médica e educacional, o que causa certa revolta. Mães, avós, tios ou tias, alguns pais, aqueles que assumem concretamente e mesmo juridicamente a guarda e educação dos jovens manifestam todo o Amor na experiência do cuidado no percurso. Um único caso que vem na contramão da experiência e processos de exclusão em Educação pudemos observar nas narrativas da mãe de “H”, quando manifestou que na escola onde seu filho estuda tem pessoas que cuidam bem dele, que realizam atividades direcionadas a ele, o que é motivo de alegria. Os resultados da pesquisa permitem distinguir todo um fazer necessário para que a experiência de jovens com transtorno de desenvolvimento em Mossoró aconteça na perspectiva do cuidado e do conhecimento, o que implica em ações efetivas e necessárias neste campo onde buscam atendimento e que compromete instituições de Educação, Saúde Mental e Direito da região.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA LÚCIA OLIVEIRA AGUIAR - UERN
Interno - 1347606 - GENEVILE CARIFE BERGAMO
Presidente - 1670040 - KARLA ROSANE DO AMARAL DEMOLY
Externo ao Programa - 1996830 - MÁRIO SÉRGIO FALCÃO MAIA
Notícia cadastrada em: 09/12/2015 09:50
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